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Aperam BioEnergia testa veículos e máquinas elétricas em suas unidades do Vale do Jequitinhonha

03/04/2023

Por mais sustentabilidade, empresa de energia renovável subsidiária da Aperam South America estuda substituição da frota a partir de 2024

A Aperam BioEnergia, que produz o carvão vegetal usado na fabricação do Aço Verde Aperam, estuda substituir parte da sua frota por veículos e máquinas movidos a eletricidade. A empresa está realizando testes com alguns modelos nas suas unidades operacionais localizadas no Vale do Jequitinhonha, onde são cultivados cerca de 76 mil hectares de eucalipto melhorado geneticamente e preservados quase 50 mil hectares de mata nativa.

O diretor de Operações da BioEnergia, Edimar de Melo Cardoso, afirma que esses estudos serão fundamentais para embasar uma tomada de decisão mais efetiva da empresa. “Sobre os testes, a gente acredita que até o fim de 2023 seja possível ter clareza para uma tomada de decisões e, nesse caso, verificar com os fornecedores disponibilidade e ajustes que se fizerem necessários aos equipamentos”.

Embora as pesquisas ainda estejam no início, Edimar diz que a percepção é bastante positiva. “Nós sabemos que existe uma redução muito grande nas emissões, e investir em máquinas e equipamentos elétricos, que tragam mais eficiência energética, está no centro da nossa estratégia. A Aperam BioEnergia tem a inovabilidade em seu DNA”, disse o diretor. Ele pondera, no entanto, que, além dos benefícios para o meio ambiente, será preciso aferir resultados sólidos também sobre a viabilidade econômica do projeto.

Para o transporte de colaboradores durante as operações, a empresa está testando, atualmente, o modelo Bolt EV, da Chevrolet, com capacidade para transportar cinco pessoas. O fabricante informa que o modelo, 100% elétrico, tem como vantagens o fato de ser zero emissão de CO2 e baixo custo por quilômetro rodado – de acordo com a montadora, até quatro vezes inferior ao de um carro tradicional do mesmo porte. A autonomia das baterias é de 416 km, em média.

O Coordenador de Processos Administrativos e de Logística Interna da BioEnergia, Tony Terra Beraldo, diz que a segurança também é um dos diferenciais do modelo, que tem 10 airbags e sistema de câmeras 360 graus. “Vamos verificar robustez, desempenho, autonomia e decidir se é executável a troca da frota, o que pode ocorrer em dois anos”, afirma. Atualmente a empresa tem 179 veículos convencionais dedicados ao transporte de pessoas, entre modelos leves e caminhonetes.

Também começaram a ser testados na BioEnergia um caminhão elétrico para transporte de madeira nas áreas da empresa, o Xcmg 6858h, de fabricação chinesa. Os testes vão durar seis meses. Thales Herbert de Oliveira, coordenador de manutenção, disse que também está sendo testada uma pá carregadeira elétrica.

O plano, segundo Oliveira, é eletrificar os veículos e máquinas de todas as etapas da produção de carvão vegetal, prevendo ainda, nos próximos meses, o uso de uma escavadeira movida à eletricidade. “O principal ponto a ser avaliado é a autonomia desses equipamentos, que, segundo o fabricante, é de oito a nove horas. Precisamos verificar como será isso na prática e fazer os ajustes para que possamos cortar o cordão umbilical com o petróleo, que é um combustível fóssil”.

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